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sexta-feira, 24 de setembro de 2010

TRÊS TEXTOS EXECUTADOS DURANTE O ANO SABÁTICO: poema III


arquiteturas do acaso

quando quase criança entre
tinha-se com palíndromos ava
lovara acaso seus desastres não
avançavam já léguas sua
arquitetura imprevista?, e
mesmo agora no esforço des
atento de agarrar-se a
quantos tomos de civil sub
existem rumores de roldanas
e tilintar de andaimes. ou
acaso se pode prever o ritmo
sonolento se no centro da
trama inverte-se insuspeito o pó
em sangue, o sangue-em-pó?
Acaso? e acaso alguém
sabe dos gestos que des
percebidos se instalam entre os
esqueletos dos dias
até escarnecerem grafite ao
alcance da voz? não
não se fabricam desertos entre
a vertigem dos prédios não se
parem flautas nas entranhas
citadinas. e seu pendor para
engenharia nunca foi muito:
então fizera-se falsária dos im
perceptíveis arquejos ainda que
frequentemente aparada de
brocas e martelos.

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