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domingo, 4 de abril de 2010

DO COMPLEXO DE ALICE


"Alice no país das maravilhas" do Lewis Carnoll é um clássico na acepção que Italo Calvino adota para o termo: é o tipo de livro que você lê mesmo não tendo lido. Em outras palavras, o enredo dessa obra é tão popular, tão difundido, que você o conhece sem jamais ter lido o texto na íntegra.
Desde criança, eu adoro esse clássico do non-sense e a sua heroína, talvez porque eu,assim como a Alice, vivi muito tempo na toca de um coelho perpetuamente atrasado, em meio a fugura bizarras e sonhos megalômanos. Sempre tive inclinação pra viver em tempos inevntados. Até que eu tomei essa resolução de ano novo de viver mais de acordo com as molduras que delimitam o real comum. Subi da toca do coelho para me enebriar num universo de futilidade e carnificina, que constitui a vida útil e banal.
Pois bem, cansei da experiência: alguém pode me dizer onde fica a passagem que me leva de volta à toca do coelho branco?

2 comentários:

  1. lembro-me de ter lido a pela primeira vez,aos 14,e me idenfiquei muito com ela, depois ao me deparar com a obra de Sartre, encontrei varias similitudes, o autor nos faz refletir sobre nossas escolhas, caminhos e existência...

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